Saturday, July 23, 2011

No Arraiá do Diniz, o nada-Santo porém Casamenteiro


Inspirado em: (Blog de André Kfouri) http://blogs.lancenet.com.br/andrekfouri/2010/07/09/camisa-12-9/comment-page-1/

A única chance da Aninha era sair do arraiá sem que o Che a encontre. Lá o Che podia vê-la, sentir seu cheiro. Podia saber onde ela está e para onde vai. Mas não podia tocá-la. A vontade é tamanha, a força tão bruta, que um leve raspão de seus dedos pontiagudos poderia ser o fim.
A única chance do Che é suportar a tortura, as provocações, os ferimentos. Participar do bailado sem permitir que as repetições da coreografia quebrem seu espírito, derrubem sua determinação. E esperar um vacilo.
A Aninha tem a coragem, a técnica, a estratégia, a feminilidade. O Che tem a vontade, a explosão, a velocidade, o instinto.
Aninha é paciente e astuta. Sabe que o tempo corre a seu favor, que o controle das ações provocará os erros, que o cansaço deixará Che à sua mercê, para um golpe final.
Che é insistente, obstinado. Sua natureza lhe obriga a se comportar e se mover da mesma forma, sempre oferecendo perigo, porque isso é o que está programado em seus genes. Um engano, uma falha, uma demonstração de fraqueza da Aninha, e seus lábios a punirão com severidade.
A Aninha sabe como a dança terminará, se tudo correr como ela deseja. Mas tem de ser perfeita. Pagará caríssimo pela indecisão, ou pela má execução.
Che sabe atacar, agredir. Sua luta é pela sobrevivência. Ele corre, sua, sangra à espera do momento em que sua lei prevalecerá.

6 comments:

Anonymous said...

Que poético!

Thiago Prego said...

heauaehuehuaehaeueheuaeuaehaeuhaeueh
E como terminou a história?

Zitolito said...

Aninha wins

RJesus said...

Zito, vc é um poeteiro de primeira!!!

Aninha said...

Também achei.... o Tadeu tá mega poético! =) hehehe

Anonymous said...

Tá igual aqueles textos que o Pedro Bial lê antes de uma eliminação no Big Brother.