Thursday, August 30, 2012

Bate-papo (parte 2)

"Eu moro logo ali, cara". Ficou sorrindo contendo uma gargalhada que parecia iminente. Seu canino reluzia timidamente no sol que já se preparava para se esconder. "E onde você nasceu, bicho?" Deu um passo para trás, colocou a mão no bolso e levantou apenas uma das sobrancelhas. "Foi no leste europeu, numa região muito pobre." Isso me surpreendeu. Sua predileção por ideogramas e comidas cruas me fizeram sempre acreditar que ele era oriundo de um ponto mais a oriente. "Sua infância foi boa?" Nesse momento franziu ligeiramente a testa e coçou o queixo. O assunto parece incomodá-lo. Talvez por não ter um biotipo muito europeu numa época de muito intolerância. Ou talvez apenas por ser tão excêntrico e ligeiramente melancólico. "Foi uma época de muitas incertezas. As pessoas mordiam muito e rasgavam o que estava escrito".

Friday, July 27, 2012

Bate-papo

O sol começava a se por pelos lados do Mirante. Uma música cansada e batida ecoava da Cidade de Deus. As pessoas desciam apressadas dos ônibus, que vinham cada vez mais cheios. Nesse momento reencontrei nosso personagem. Vinha de mochila e fone de ouvido, um tanto distraído, um tanto feliz. Ao me ver com um bloco na mão, pulou os cumprimentos e perguntou curioso: "O que é isso aí, cara?" Seu rosto misturava surpresa e alegria. "Vou te entrevistar, bicho". Nesse ponto se afastou um passo, soltou uma gargalhada e começou a balançar a cabeça negativamente. "Eu, cara? Eu não sou importante não. Sou um mero imortal". Nisso, passam uns amigos gritando seu nome e acenando apresssadamente, o que não chamou sua atenção. "Vamos lá, bicho, vai ser tranquilo. Me diga aí para eu começar a anotar: onde você mora?"

Thursday, July 12, 2012

Edição de Anderson, o Che.

Thursday, May 24, 2012


Thursday, February 16, 2012

O Novo Ícone do LPS

No início ele era uma voz, "Ei, cara, você hoje pode fazer teste subjetivo?", depois ele se tornou outra voz, "Oral sheshion". A seguir passou a ser "Não, cara, eu moro na Taquara". E por fim, "Eu sou imortal, e você tem que me matar para provar o contrário". Hoje nosso lendário Curicica defendeu o projeto final. O laboratório sempre se lembrará dos seus medos de infância pelo ET de Varginha, das lições de casa do curso de japonês, dos vídeos de baterista e de frases marcantes como "Hoje não vou almoçar não, pois estou sem nada pra fazer". Parabéns Felipe, pelo trabalho e por tornar as idas ao Burguesão sempre engraçadas.

Tuesday, January 17, 2012

O Fim de uma Era


Camila, o mito, o ícone do LPS, defendeu sua dissertação com muitos elogios e poucas piadas do Diniz.

Tuesday, November 22, 2011

Entrevista com a Michelle

Michelle Nogueira gerencia um dos maiores laboratórios do país, com 12 professores e mais de 200 alunos e colaboradores. Segue entrevista feita por email.

1) Michelle, voce se tornou uma grande referência no LPS. Todos te procuram nas dificuldades
e para resolver problemas. No entanto, poucos conhecem a Michelle como pessoa.
Conta um pouco da sua história e dos seus hobbies (sabemos que voce é uma excelente cantora).
M: Bom, é verdade que sou cantora. Excelente, minha modéstia não permite afirmar (risos). Na realidade eu já atuava como cantora quando entrei para o LPS. Interrompi meus estudos por vários anos, e recentemente voltei para a minha escola e voltei a cantar. Ano passado ganhei o prêmio de melhor intérprete do Festival da Escola de Música Villa-Lobos e venho aperfeiçoando a minha técnica vocal. O caminho é longo.
Minha história é comum, vida simples. Gosto de música, teatro, literatura e viagens. As coisas boas da vida.



2) Você se tornou uma liderança num meio profissional eminentemente masculino. Você acha o LPS um ambiente machista? Qual a importância de uma liderança feminina neste meio?

M: Essa questão é interessante. Num ambiente onde temos predominantemente a presença masculina, é inevitável a existência do universo masculino. Contudo, nos últimos anos o papel e a quantidade de mulheres atuantes nas mais diversas áreas e atividades tem aumentado significativamente, e a sociedade tem mudado por conta disso. Hoje até temos uma mulher no comando do nosso país. O LPS é um microcosmos do que acontece na nossa sociedade. A mulher tem trazido para o mercado de trabalho visões diferentes, e muitas vezes, criando novas formas de concretização de objetivos.


3) Sua formação profissional é distinta da engenharia e da pesquisa. Tradicionalmente, o meio
acadêmico, e principalmente em ciências exatas, é notório por conter pessoas de personalidade,
digamos assim, excêntricas. Como é pra você lidar com pesquisadores, professores e engenheiros no dia-a-dia?

M: Talvez por ter também um pai engenheiro, conviver com a forma de atuação e relação destes profissionais, para mim, é usual. Excentricidades não é uma característica somente destes profissionais, imagina as excentricidades dos artistas? E dos juízes e desembargadores? Enfim, conviver com isso nem sempre é fácil, mas aprendemos.


4) Qual a importância do LPS para você?

M: Gosto muito do meu trabalho e lutei para deter o conhecimento dos processos de gestão de organismos acadêmicos. No laboratório eu já passei por várias fases, a de laboratório (com o perdão da redundância), de implementação de novos projetos, modelos de gestão, a obtenção de resultados, enfim, tive e tenho a oportunidade de trabalhar num lugar onde podemos criar e implementar diariamente novas ideias, e isso me fascina.



5) Quais as perspectivas suas para o futuro do LPS e da UFRJ?

M: Acredito que nos próximos anos a Universidade cresça e com ela todo o seu corpo acadêmico. Temos um déficit absurdo de profissionais capacitados, e com o crescimento da economia, a tendência natural é a ampliação dos nossos bancos escolares.

O LPS deve seguir esta tendência, até porque temos um capital intelectual de alto valor, e passar este conhecimento adiante faz parte da razão da nossa existência.